Thursday, April 2, 2009

Evasion


In the Objectivist philosophy, and in theories of psychology whose authors are influenced by that philosophy, evasion is the refusal to think about a specific subject. Unlike a person who is ignorant (lacks knowledge about a subject), a person who evades a subject is not only ignorant but engages in an active, deliberate mental process of avoiding knowledge and clarity. Instead, the person purposefully attempts to remain ignorant or confused about the subject.
in Wikipedia



Sair de casa. Rodar a chave na fechadura três vezes e tentar deixar os pensamentos atrás da porta. Entrar no carro. Lançar-me à estrada de vidros abertos... Sentir os cabelos acaraciados pelo vento e a liberdade...

Em Mafra, procurar o refúgio do templo.

Observar a beleza do que é feito com o esforço e o sacrifício dos homens, em prole de outras loucuras terrenas e da ambição desmedida dos homens da Igreja, que se dizem humildes e abnegados.


Depois, sentar-me numa esplanada convidativa. Sentir-me bem recebida por um empregado de mesa que estudou bem a arte de servir os outros, que nos faz sentir bem connosco próprios ao nos receber com um sorriso e nos desejar uma boa tarde. Aí permanecer, esquecida no tempo, na companhia de um bom livro e ao som de uma melodiosa ópera.








Correr as praias da Ericeira, observando as esplanadas de surfistas e as pick-ups com pranchas.
Ficar ali, a sentir o vento, a observar o mar, numa despedida de mim mesma ao pôr-do-sol.
Evadir-me...
... Amanhã é outro dia, afinal.

*photos by:

Guilherme Limas, "Tempo Parado";

Manuela Viola, "Amanhã será outro dia"

Escape is such a thankful Word

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Escape is such a thankful Word
I often in the Night
Consider it unto myself
No spectacle in sight

Escape—it is the Basket
In which the Heart is caught
When down some awful Battlement
The rest of Life is dropt—

'Tis not to sight the savior—
It is to be the saved—
And that is why I lay my Head
Upon this trusty word—

Emily Dickinson

"Poetry may make us from time to time a little more aware of the deeper, unnamed feelings which form the substratum of our being, to which we rarely penetrate; for our lives are mostly a constant evasion of ourselves."

(T. S. Eliot)