Saturday, April 25, 2009

Memories (again and always)








«As palavras de um tipo que canta no rádio recordam-me de ti. São as horas que são e pensei em acordar-te. Apenas queria dar-te um beijo, mas resolvi acabar de escrever isto e ir-me deitar. Sei que lerás estas palavras ainda a tua manhã será jovem. Bom dia, meu amor.»








«Gostava de pensar os teus cabelos. Não sei o que andas a fazer ou tão pouco o que fazem os teus cabelos. aloirados. que gostava de pensar. Isso é. Hard to deal with. Gosto de ti. (...) Gosto dos teus [cabelos], enquanto gostares dos meus dedos nos teus [cabelos]».








«Gosto de andar descalço. Particularmente nesta altura do ano. Gosto de beijar a minha mulher. Particularmente nesta altura do ano. Gosto do crepúsculo. Particularmente nesta altura do ano. Gosto de muitas coisas e de outras também de que pouca gente ou ninguém gosta. Particularmente nesta altura do ano. Não é verdade? Afinal, não sou diferente de todos os outros.



Gosto do Inverno, de chuva e de frio e é certo e provavelmente isso faz de mim ligeiramente diferente de todos os outros ou se calhar até que não. Particularmente nesta altura do ano. Mas gosto mais ainda da Primavera. Do sol frio, das nuvens de manhã escondidas no café da minha rua, do arrefecer da noite na casa da minha mulher aos Anjos e dos pés descalços ao crepúsculo desta noite em que escrevo. Particularmente. (...)»





«– Vou Dar-lhe uma Rosa.
– Vais dar-lhe uma rosa? Essa agora, porquê?
– Porque ela me agrada.
– Agrada-te? E como é que sabes isso?
– Não te sei explicar. Sei que me agrada.
– Mas tu conhece-la? O que é que sabes acerca dela?
– Sei o que sei e o que sei chega para te dizer que me agrada.
– Não te percebo. Explica-me lá isso de maneira que eu entenda.
– Ela agrada-me porque sente, é esperta e gosta de criar. É bonita.
– Hmmmm... E não tens vergonha?
– Vergonha do quê?
– Ora, vergonha de lhe dares um rosa assim, aqui no meio do recreio, com os outros meninos e meninas a verem...
– Não, não tenho. O que eu tenho é medo.
– Tens medo? Tu? Do quê?
– Tenho medo de que não goste do que trago para lhe dar.
– Não tenhas medo, vai gostar, descansa.
– Achas mesmo, tens a certeza?
– Não acho, tenho mesmo a certeza. Só há uma coisa que estás a fazer mal.
– O que é? Diz-me!..
– Se ela é como eu penso que é, merece muito mais do que uma rosa. Merece mais e não é só com uma rosa que tu lhe vais agradar a ela...
– Sim. Tens toda a razão.
– E então, o que vais fazer?
– Olha, hoje vou dar-lhe uma rosa. Amanhã, se ela quiser, dou-lhe o Mundo.»
Words and photos taken from an old chest full of memories and feelings. Words and photos full of feelings. All the feelings...